O castelo de vidro - folha mulheres na literatura n7
A primeira lembrança de Jeannette Walls dá o tom de O Castelo de Vidro. Aos três anos, preparava cachorro-quente no fogão. Estava sozinha, de pé em uma cadeira. Quando se virou para oferecer uma salsicha ao vira-lata da família, sentiu um calor no lado direito do corpo. As chamas avançaram por seu vestido até o rosto; sua mãe a socorreu e a levou para o hospital, de onde sairia três semanas depois, retirada à força por um pai bêbado que considerava a atenção médica desnecessária.Cenas como essa se acumulam neste livro de memórias, que vendeu mais de 2,7 milhões de cópias. Criada de forma nada convencional, a escritora cresceu em meio a constantes mudanças de cidade, enfrentou a fome e aprendeu tudo do jeito mais difícil.